segunda-feira, 1 de abril de 2024

 


ARTIGO DE NOSSA GASTRONOMIA ANCESTRAL 

NO OLHAR DO CHEF MARCOS LOBO

 SAIBA MAIS

No vasto universo da culinária, há uma jornada fascinante que nos leva às raízes mais profundas da humanidade. Desde os primórdios das primeiras civilizações até os dias atuais, a gastronomia tem sido uma expressão viva da nossa história, cultura e identidade. Como chef e entusiasta da gastronomia ancestral, é uma honra para mim explorar e compartilhar os sabores que têm resistido ao teste do tempo.






Se mergulharmos no âmago da ancestralidade, somos levados a uma jornada que remonta aos primórdios da humanidade, desde os primeiros hominídeos até as civilizações antigas. Os registros históricos nos revelam um rico legado de conhecimento culinário que tem sido passado de geração em geração, mesmo diante das mudanças e migrações ao longo dos séculos.

A cozinha ancestral é muito mais do que simplesmente preparar alimentos; é uma conexão com nossas raízes, com os saberes e sabores dos nossos antepassados. Quando falamos em gastronomia ancestral, estamos evocando memórias de bisavós e antepassados, resgatando tradições e rituais que dão significado à nossa alimentação.









Um exemplo emblemático dessa tradição é a cozinha dos povos pré-colombianos das Américas. Antes da chegada dos colonizadores europeus, civilizações como os astecas, toltecas e maias já desenvolviam uma culinária rica e diversificada, baseada em ingredientes nativos como milho, feijão, abóbora, pimenta e chocolate. Esses ingredientes, cultivados e colhidos há milênios, são as verdadeiras joias da nossa gastronomia ancestral, preservando não apenas sabores, mas também tradições e técnicas de preparo.








Os grãos ancestrais, como quinoa, amaranto e chia, são testemunhas vivas da sabedoria milenar de nossos antepassados. Cultivados e consumidos há milhares de anos, esses alimentos são fontes de nutrientes essenciais e contribuem para uma alimentação saudável e equilibrada.

Ao resgatar e reinventar os pratos de nossos antepassados, estamos não apenas preservando nossa herança culinária, mas também celebrando a diversidade e a riqueza de nossas tradições. Da cozinha dos povos originários da América Latina à influência africana na culinária brasileira, cada prato conta uma história única de resiliência e criatividade.









Como chef, sinto-me privilegiado em poder compartilhar essa jornada com meus clientes e colegas de profissão. Ao apresentar a gastronomia ancestral em sua forma mais autêntica e original, estou não apenas promovendo uma experiência gastronômica memorável, mas também contribuindo para a preservação e valorização da nossa herança cultural.

Em um mundo cada vez mais globalizado e homogeneizado, a gastronomia ancestral nos lembra da importância de honrar e respeitar nossas raízes. Que possamos continuar celebrando e compartilhando os sabores e saberes dos nossos antepassados, inspirando-nos na riqueza e diversidade da nossa culinária ancestral.


Referências:

National Geographic Society. (s.d.). The Maya: Glory of the Aged. Obtido de https://www.nationalgeographic.org/interactive/maya-glory-aged/

Padilha, R. (2018). Cozinha Brasileira: História e Cultura. Editora Senac São Paulo.

Smith, A. F. (2006). The Oxford Encyclopedia of Food and Drink in America. Oxford University Press.

Nenhum comentário:

Postar um comentário