quinta-feira, 27 de agosto de 2020



Entrevista concedida em 27/08/2020 ao Blog Atrativo Pernambuco, da série “Longe da Terrinha”, com a bióloga, mergulhadora e guia de turismo Verônica Rodrigues.

Você tem uma relação de aproximação com a natureza ou com atividades relacionadas a ela. Como iniciou esse interesse?

Desde criança costumávamos ir passar feriados no sítio de minha avó, no interior, apenas 2:30h de Recife, e logo em seguida o meu pai comprou um sítio na mesma região, onde sempre que podíamos íamos passar as férias e fins de semana por lá. Ele adorava plantar, e eu de passear à cavalo. Foi aí que começou a minha aproximação com a natureza.


Seja a trabalho ou passeio, o que você destaca nas suas experiências na área do turismo?

Sempre busquei trabalhar naquilo em que eu me identificasse, que estivesse junto à natureza, pois desta forma seria mais fácil e prazeroso tudo que eu viesse a realizar. Foi assim que me formei em ciências biológicas, depois fiz um curso de mergulho autônomo, e logo em seguida comecei a trabalhar como monitora de mergulho, numa empresa de turismo especializada nessa área. Na mesma época, meu pai que tinha um pequeno barco, pois gostava muito de pescar, e eu, que sempre ia com ele, para aproveitar e fazer mergulho livre nas piscinas naturais do litoral norte, passei a vislumbrar uma oportunidade de realizar turismo náutico naquela região, e foi aí que comecei a me interessar mais e mais, nessa área de prestação de serviço autônomo. Com o passar do tempo, resolvi fazer os cursos de guia de turismo nacional com América do Sul, e de guia regional, no SENAC, onde também fiz inglês.

Você tem direcionado nos últimos anos as suas expectativas com foco na qualidade de vida, como você observa essa experiência?

Sempre morei em Pernambuco, perto do oceano, e por 23 anos o turismo náutico foi a minha paixão. Com o passar dos anos fui me questionando se algum dia eu teria a coragem de sair do ramo náutico e deixar de morar próximo a uma cidade grande, para buscar uma vida totalmente diferente e ainda mais junto à natureza, pois eu já sentia a necessidade de mudar, de buscar mais qualidade de vida... Foi aí que em uma de minhas viagens de aventura em trilhas, conheci a Chapada Diamantina, na Bahia, e logo me apaixonei. 


Sempre gostei de viajar, algo que continuo fazendo até os dias de hoje, seja no meu país, ou no exterior, ser turista é bom demais rsrsrsrsrs...Sendo uma turista, e podendo interagir com diferentes culturas e costumes, me deu uma abrangência de oportunidades, uma abertura de visão, para compreender os princípios de valores de minha própria vida, onde sendo eu, a comandante do meu próprio destino, busquei ancorar naquilo em que ansiava os meus sonhos. 





Durante anos houve uma música que me inspirou muito a realizar a mudança necessária em minha vida, Casinha Branca, (Gilson 1979). Cantando essa música, descobri que era exatamente isso que eu queria...E eis que de tanto cantar, aqui estou, na minha própria casinha, realizada de poder estar num lugar maravilhoso, numa vista deslumbrante de montanhas ao meu redor, num lugar onde tenho o meu próprio pomar, a minha própria horta, de onde já colho frutos, mas não deixo nunca de plantar, e onde trilhas com rios e cachoeiras, fazem parte do meu dia a dia, no cenário de um dos parques nacionais mais belos do país.
   


Em se tratando de Pernambuco, poderia citar alguns aspectos naturais ou locais que você sente saudades?

De Pernambuco, tenho saudade de suas belas praias de água morna, e de mergulhar nos recifes, mas bem sei que, mesmo morando longe, ainda assim posso vez por outra retornar, e matar essa saudade desse lindo lugar...

Você mora em que região da Chapada Diamantina?

A região que moro é conhecida como Vale do Capão (Caeté-açu), e existe uma infinidade de serviços de hospedagem, para todos os gostos e bolsos. No meu caso, por exemplo, que moro num pequeno rancho, costumo alugar a casa para grupos, principalmente durante feriados e festivais, quando a procura é muito grande.


As pessoas podem entrar em contato direto comigo, só pelo WhatsApp (81) 99961 5156.










Fotos: Verônica Rodrigues

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