O COLORAU SEMPRE PRESENTE NA GASTRONOMIA NORDESTINA
Trazer
este ingrediente como fonte de alimento, e que sempre foi usado pelos índios
desde da invasão europeia em nosso território, é falar de uma herança
gastronômica do nosso continente americano que fazemos parte.
Ele deve ser adicionado sempre antes ou durante
a cocção. Com o que combina?
Suave e adocicado, ressalta os sabores de
carnes, frangos e pescados de todos os tipos, sopas e ensopados. Dando cor as
carnes e agregando sabores em nossa cultura nordestina, que vem dando abertura
até em outros países na fabricação dos queijos e embutidos, não só pela cor,
mais também pelo aroma e assim entender que até teve registro na carta de Pero
Vaz de Caminha.
A ampla distribuição geográfica dessa
planta, fez com que ela fosse conhecida por vários nomes. No Brasil também é
conhecido por nomes como urucu, urucum, urucu-uva, urucu-bravo,
açafroa e bixa, além de nomes indígenas como ahitê, nukirê,
bixe e bixá. Na América espanhola o urucum é conhecido
como achiote, anoto, achote, onotto, onotillo, roekoe, schirabaeli, koessewee,
koesowe, bija, cacicuto, uruca, achiotillo, arnotto, arnolta, roucou,
chancaguarica, kuxub, achihuiti, achiti, shambu, huantura, atta, santo domingo,
analto e guajachote. Na Espanha tem o nome de bija, na França
de rocouyer, na Alemanha de orlenasbaum, na Itália, Inglaterra e
Estados Unidos de annatto e na Índia
como lathan ou kolssewil (CARVALHO, 1989; CORREA, 1975;
MARTORELL, 1975; SANTOS, 1958).
Algumas referências indicam
que os astecas usavam os pigmentos de urucum para dar a consistência e
aparência de sangue a uma bebida preparada a partir do cacau. Essa bebida era
então utilizada em seus rituais, simulando o sangue humano. Nativos da América do
Sul utilizavam óleos, resinas, ceras e gorduras extraídas de plantas ou
animais, para a preparação dos corantes de urucum. O uso desses materiais
reforçava a ação protetora do urucum contra os insetos. Índios do Peru e do sul
do Equador utilizavam a gordura obtida do guácharo, um pássaro de hábito
noturno, para a obtenção desse corante (PATINO, 1967).
Os
processos artesanais de obtenção dos corantes das sementes de urucum, aprendido
com os índios, continuou por muito tempo. FREIRE, em sua
publicação de 1936 (Ligeiras informações sobre a cultura e a indústria
do urucu) cita a fabricação do que ele chama de “pães de urucu”, da seguinte
forma: “As sementes colhidas logo são lançadas em uma gamela ou celha,
escaldam-se com água a ferver; a massa é remexida frequente vezes para separar
o testa ceráceo das sementes. Depois de alguns dias é a massa passada por um
crivo, para extremar a substância tintorial. Dá-se descanso ao líquido durante
uma semana a fim de fermentar e poder depositar a matéria corante. Passado esse
tempo retira-se a água clara. A matéria tintorial que assentou é depois
distribuída em recipientes apropriados, para que a umidade excessiva se evapore
à sombra. Quando a substância adquire a consistência da massa de vidraceiro,
dás-lhe a forma de pães que se envolvem em folha de bananeira. É esse o pão de
urucum que se exporta em grande quantidade do Brasil”.
O
principal produto derivado das sementes de urucum ainda é o colorau mas seus
pigmentos são encontrados em muitos produtos como massas, salsichas, queijos
prata, sorvetes, iogurtes, temperos, etc. É usado muito no preparo de arroz,
molhos, caldos, recheios, carnes assadas, sopas, pães e arroz.
Como
comprar?
Pode
ser encontrado seco, em sementes ou em pó que é normalmente chamado
de colorau.
CONTATO
Pesquisador e Gastrônomo/Chef Marcos Lôbo
Fone / WhatsApps (81) 99788 6975
Referências:
https://www.ourucum.com.br/historia
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