Arqueologia no Pajeú

Enviado por Luíz Venerre

Nesta sexta-feira, (18), o Instituto Pajeú de Arqueologia, representado pelo seu presidente e proponente do projeto “Carta Arqueológica da Bacia do Rio Pajeú: subsídio para a gestão e proteção do patrimônio cultural”, Fabiano Nascimento, esteve junto com a Diretoria de Cultura de Flores em diferentes locais associados ao cangaço do município.

A primeira parada foi na Furna de Lampião (fotos 1 a 5 a 13), na fazenda São Gonçalo, local onde o irmão do rei do cangaço, Levino Ferreira, faleceu em 1925. Trata-se de uma caverna encravada nas bordas areníticas da bacia sedimentar de Fátima, com aproximadamente 25 metros quadrados. Depois, realizamos no entorno da caverna um reconhecimento arqueológico visando identificar artefatos históricos relacionados aos cangaceiros, como cápsulas de bala.

A segunda parada foi no distrito de São João dos Leites, em um casarão histórico do século XIX pertencente a José Josino de Góes, que foi “coiteiro” dos cangaceiros (fotos 6 . Foram identificadas as técnicas e estruturas construtivas do imóvel, além de diversos artefatos da época, como pilões, potes, fragmentos de louça e peças de ferro. Infelizmente o casarão apresenta sérios problemas de desabamento.

Durante esse trabalho de campo, foram discutidos o potencial histórico e arqueológico desses locais e possíveis estratégias conjuntas de preservação desses bens tão importantes para a história social e política do Pajeú.

Esse projeto possui apoio e financiamento da SECULT/PE, Política Nacional Aldir Blanc e Governo Federal.

 

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