ARTESANATO
Artes Manuais
Artesanato em cana
brava
Para a elaboração
de peças utilitárias e/ou decorativas com lascas de cana brava, é utilizado o
mesmo material e a mesma técnica para execução dos covos (cestos especiais de
pescar lagosta). São móveis, cestos, luminárias, fruteiras, porta revistas,
porta-retratos, porta plantas, entre outras peças.
Artesanato em cabaça
Peças decorativas e
utilitárias confeccionadas com cabaças.
Artesanato em couro
O artesanato de
couro se relaciona às áreas da pecuária, estando espalhado por todo o Estado,
com presença marcante em vários municípios. O tratamento da matéria-prima, seu
colorido e desenhos, no uso tradicional ou nas novas adequações, revelam o
domínio técnico do artesão pernambucano nesse campo.
Artesanato em madeira
A produção de
artesanato na madeira, seja para transformá-la em escultura, em talha ou em
peças utilitárias artisticamente trabalhadas, encontra em Pernambuco uma forte
representação. Talhas e esculturas multiplicam-se e marcam presença em
mercados, galerias, feiras típicas e principais pontos turísticos do Estado.
São chaveiros, talhas, objetos utilitários e muitas outras peças singulares que
mostram a fecunda dimensão da força criativa de cada local.
Artesanato em palha de bananeira
Artesanato feito em
palha de bananeira trançada, resultando em chapéus, bolsas, esteiras, cestas e
variadas peças utilitárias e decorativas.
Artesanato em papel
O papel reciclado ou
superposto com material adesivo, papel maché, que há muito tempo vem sendo
aproveitado na elaboração de máscaras, bonecos gigantes, fantoches, etc., vem
alcançando novas dimensões na produção de novos brinquedos, peças utilitárias e
decorativas, a exemplo de móveis e outros objetos trançados em jornal;
luminárias, bijuterias diversas e esculturas.
Artesanato em
tecido
Os brinquedos
populares são peças que sensibilizam pela simplicidade e autenticidade do
artesão. São inúmeros os itens como o pião, o ioiô, a peteca, o bonequinho
articulado conhecido como mané gostoso, as bruxinhas de pano feitas com
retalhos de tecido de algodão e muitos outros que revelam a capacidade de
expressão artístico-criativa. Ainda hoje, dão colorido especial aos bancos de
feira, quando expostos à venda.
Artesanato indígena
São diversos tipos
de artefatos decorativos e utilitários, produzidos pelos índios
pernambucanos. Merece destaque o belo trançado de palha de
ouricuri. Em diversas formas e tamanhos, a palha natural e/ou
colorida é transformada com técnica e habilidade em tapetes, esteiras, bolsas,
sacolas, chapéus, etc. A arte plumária também está presente, com a produção de
objetos voltados, principalmente, para os rituais e personalização do
corpo. São confeccionados, ainda, diversos outros artefatos tais
como: chocalhos, feitos com cabaça; colares, pulseiras e brincos feitos com
sementes e dentes de animais; arcos, flechas, etc.
Bordado
Da mesma forma que
a renda, o bordado está também presente com grande força no mapa do artesanato
pernambucano. Organizadas em pequenos grupos familiares, associações
ou cooperativas, milhares de mulheres garantem a sobrevivência de suas famílias
com a arte de bordar. São roupas de cama e mesa, peças do vestuário,
enxoval, com os mais diferentes tipos de bordados, onde cores e pontos de rara
beleza, ostentam toda a sensibilidade e paciência de suas bordadeiras.
Bruxas de pano
As bruxas de pano
são confeccionadas em tamanhos e tipos variados, com retalhos de tecidos e
enchimento de algodão. Em alguns municípios, as bonecas são produzidas em
pequenas miniaturas, sendo denominadas de "bonequinhas da sorte". São
encontradas em mercados populares e feiras livres.
Carrancas
Originalmente as carrancas
eram figuras de aparência aterrorizante, colocadas na proa das embarcações para
afugentar os maus espíritos que habitavam o rio São Francisco, em seu curso do
centro sul ao nordeste. Atualmente réplicas de menor porte e com a função
decorativa, são produzidas nos municípios de Petrolina, destacando-se Ana das
Carrancas com suas peças em barro e os trabalhos em madeira dos grupos de
artesãos de Petrolina.
Cerâmica
Dentre os diversos
tipos de artesanato existentes em Pernambuco, em todos os segmentos e em toda
sua extensão, é a cerâmica que tem a maior representatividade como cultura
popular do Estado. Há toda uma tradição oleira que se espalhou abrangendo os
tipos utilitários e figurativos, marcados pela presença das culturas indígena, africana
e ibérica. Retrata costumes, rituais religiosos e lúdicos, fantasias
e cenas do cotidiano, entre outras expressões do rico imaginário do homem
nordestino. Destacam-se como principais centros de produção de cerâmica, os
municípios de Caruaru, considerado pela UNESCO como "o maior centro de
arte figurativa das Américas". É na pequena comunidade do Alto do Moura,
onde estão concentrados os seguidores da escola do Mestre Vitalino, pioneiro
nessa arte; Tracunhaém que, pela singularidade de sua produção, é um dos mais
importantes centros de cerâmica lúdica e religiosa do País; Goiana também se
destaca na produção de cerâmica figurativa, com os seguidores da escola de Zé
do Carmo, precursor de uma arte santeira que marcou a mudança na concepção de
imagens nordestinas, a exemplo de anjos cangaceiros ou santos tocando sanfona.
Deve-se ressaltar, ainda, o Cabo de Santo Agostinho com reservas de excelente
argila, fazendo surgir diversas olarias que produzem objetos variados. Em
Jaboatão, Petrolina, Ipojuca, Recife são encontrados núcleos com produção de
cerâmica figurativa ou utilitária. São objetos de formas e tamanhos variados:
jarras, quartinhas, panelas, figuras humanas, de
animais, bijuterias, presépios, etc.
Cestarias e
traçados
Também a arte da
cestaria e trançados tem expressiva presença em Pernambuco, produzindo através
da utilização de fibras naturais (sisal, coco, ouricuri), palhas de diversos
tipos, vime, caniços e cipós os mais variados artigos e para os mais diferentes
fins: os caçuás, grandes cestas que, lado a lado no dorso dos
animais, transportam produtos
agrícolas; covos de pescar lagosta, feitos de lascas de
cana brava; cestos de pães, de
roupa; cestas, esteiras, bolsas, chapéus, abanos, sandálias,
chinelas, cordas, descanso para
pratos, peneiras, peças decorativas, etc.
Outro tipo de trançado e cestaria, vem sendo utilizado em
Pernambuco, empregando como matéria-prima o papel (revista e/ou jornal) e a
cola.
Colchas de retalho
Colchas de cama ou
mantas, confeccionadas com pequenos recortes de tecidos, com formas
geométricas, estampas e cores diferentes.
Escultura em
concreto
Técnica que utiliza
um processo chamado de molde pedido, pois o artesão não esculpe em cimento ou
concreto. Utiliza um molde de gesso e argila que após limpo é preenchido com
cimento. Depois de seco o gesso, a peça é quebrada e passa por acabamentos
finais.
Escultura em pedra
Trabalhos
artesanais onde várias técnicas são aplicadas para esculpir e dar formas em
diversos tipos de pedras.
Escultura em pedra
granito
A atividade de
confecção de muralhas e palácios em rocha granítica, por ocasião da construção
da Cidade-Teatro de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, criou uma linha de mestres
e obreiros especializados em cantaria que passaram a produzir verdadeiras obras
de arte, com peças esculturais, hoje espalhadas por todo o Estado. São figuras
monumentais, medindo entre 3,5 e 6 metros de altura, esculpidos em grandes
blocos de granito, em locais quase sempre de difícil acesso. São deslocadas
para o seu local de destino por poderosos guindastes. Através da elaboração de
cada peça, tais como Lampião e Maria Bonita, a Mulher Rendeira, o Tocador de
Viola e de Pífanos entre dezenas de outras, é retratado o dia-a-dia e contada a
história do homem nordestino. No entorno de Nova Jerusalém, foi criado, numa
área de 60 hectares, o Parque das Esculturas Monumentais Nilo Coelho, onde
estão localizadas 37 esculturas, agrupadas de acordo com sua origem e colocação
dentro do conjunto cultural a que representam: personagens de caráter
religioso, os mitos e heróis do cangaço, figuras urbanas, etc.
Escultura em pedra
sabão
As esculturas em
pedra sabão são produzidas em alguns municípios do Estado. Figurativas e/ou
decorativas, as peças são produzidas em tamanhos diversos.
Escultura em seixos
Com seixos,
pequenas pedras polidas, de forma geralmente arredondada ou oval, são
elaboradas diversas peças figurativas e/ou decorativas.
Escultura em sucata
Objetos criados a
partir de sucata e todo e qualquer material reciclável.
Esteira
Esteira dos mais
variados tamanhos e formas, confeccionadas com piripiri - espécie de junco
típico do Nordeste - cordão e barbantes. São geralmente usadas para dormir.
Fantasias e
adereços de carnaval
Sendo o carnaval um
dos eventos mais importantes da cultura popular pernambucana, muitos são os
artesãos que se dedicam à produção de peças, fantasias e adereços relativos ao
ciclo. Nesse contexto, estão inclusos: os estandartes que encabeçam os desfiles
das agremiações e são verdadeiras obras de arte, trabalhadas com uma infinidade
de materiais, a exemplo de veludos, fios de ouro, vidrilhos,
lantejoulas e plumas; as máscaras, em papel machê; a indumentária dos maracatus
rurais, bela e colorida em seu chapéu coberto de fitas de papel celofane e
flores, bem como a gola ou manta, recoberta por bordados com vidrilhos,
miçangas e lantejoulas; os bonecos gigantes; o traje e máscaras dos Cloves (de
tradição francesa), figuras singulares e típicas do Carnaval de Olinda; os
cocares e tangas dos caboclinhos, ricos em plumas e cores; além de uma
infinidade de fantasias e artefatos, frutos de riqueza cultural e inesgotável
criatividade do povo pernambucano.
Fuxico
Tipo de artesanato
que consiste em umas trouxinhas de panos, feitas com sobras de tecidos que
emendadas entre si tomam diversas formas. Dá fazer de tudo: roupas, bolsas,
adereços, colchas, almofadas. O nome fuxico tem uma origem curiosa. Surgiu por
causa das mulheres do interior do Nordeste, que se reuniam para costurar e
aproveitavam para mexericar, fazer fuxicos.
Gaiola
Gaiolas feitas em
madeira e arame nos mais diversos formatos e tamanhos.
Gola de caboclo de
lança
As golas do Caboclo
de lança, figura do Maracatu Rural, são peças de um rico colorido, bordadas à
mão, com lantejoulas, vidrilhos, espelhos e fitas, nos mais diversos desenhos,
dependendo da criatividade do artesão. Elas representam uma das peças mais
importantes da fantasia do integrante dos blocos de Maracatu Rural que se
apresentam no período carnavalesco, principalmente nos municípios da zona da
mata canavieira do Estado.
Madeira – Remos,
canoas e lanças
O artesanato em
madeira feito pelos índios da Tribo Truká, em Orocó - PE, constitui-se na elaboração
de canoas, típicas da região do Rio São Francisco, além de peças indígenas como
lanças, anteriormente utilizadas para a caça e a pesca.
Objetos em bronze
Há uma variedade
relativamente grande de artigos de metal manufaturado artesanalmente em Pernambuco,
representados, principalmente, por objetos em flandre, bronze e
ferro. A funilaria se manifesta através de peças utilitárias,
decorativas e brinquedos, elaborados com lâminas de flandre ou lixos de
produções industriais. São as lamparinas, canecas, funis, bacias, ralos,
brinquedos, instrumentos musicais, armas, entre outros. Os trabalhos em bronze
são reproduzidos em escala bastante avançada, quase industrial, no município de
Gravatá, onde se produz objetos, tais como: sinetas, chocalhos, cinzeiros,
crucifixos, porta-retratos, etc. O processo de produção consiste em derreter a
sucata mediante o uso de fogo a carvão e derramá-la em caixas de areia, nas
quais foram previamente inseridos os moldes. Também se destacam as esculturas e
outros objetos utilitários e decorativos produzidos com ferro ou sucata.
Objetos em fibra de
sisal
Com a fibra de
sisal ou agave são confeccionadas várias peças utilitárias, decorativas ou
figurativas, a exemplo de cordas, espanadores, cestas, bonecos, bolsas,
painéis, etc.
Objetos de metal
Há uma variedade
relativamente grande de artigos de metal manufaturado artesanalmente em
Pernambuco, representados principalmente por objetos em flandre, bronze e
ferro. A funilaria se manifesta através de peças utilitárias,
decorativas e brinquedos, elaborados com lâminas de flandre ou lixos de
produções industriais. São as lamparinas, canecas, funis, bacias, ralos,
brinquedos, instrumentos musicais, armas, entre outros. Os trabalhos em bronze
são reproduzidos em escala bastante avançada, quase industrial no município de
Gravatá, onde se produz objetos tais como: sinetas, chocalhos, cinzeiros,
crucifixos, porta-retratos, etc. O processo de produção consiste em derreter a
sucata mediante o uso de fogo a carvão e derramá-la em caixas de areia, nas
quais foram previamente inseridos os moldes. Também se destacam as esculturas e
outros objetos utilitários e decorativos produzidos com ferro ou sucata.
Objetos em osso/
conchas/ mariscos/ sementes
É uma enorme variedade
de artigos cuja produção, em essência, é dirigida ao mercado de souvenires nos
locais de maior afluência turística. Geralmente, comunicam uma tipicidade local
ou regional. São representados por peças decorativas e figurativas, elaboradas
em osso, chifre, mariscos, sementes, a exemplos de jangadas em miniaturas,
pentes, prendedores de cabelo, chaveiros, jarros, cinzeiros, quadros, colares,
anéis, pulseiras, abajours, bonecos entre outros.
Peças em coco
Há uma grande
variedade de objetos produzidos a partir de rústicos ou delicados trabalhos
feitos com o coco, sua fibra e a capemba do coqueiro. São peças utilitárias,
figurativas ou decorativas, a exemplo, de canecos, potes, jarros, peças do
vestuário, cinzeiros, esculturas, luminárias, bijuterias, etc.
Pedras
semipreciosas
Colares, brincos e
pulseiras confeccionados em pedras semi-preciosas, como o cristal, ametista,
ônix, topázio, etc.
Plástico/ tapetes e
bolsas de tricô
Tricô feito com
tiras de plástico colorido resultando em bonitas bolsas e criativos tapetes.
Pintura em tecido e crochê
Racho
De inspiração
indígena, os rachos são painéis de madeira formados por retângulos vazados
criando uma espécie de moldura para pequenos bonecos portando cachimbos e tendo
aos pés um pássaro. Em alguns casos os bonecos podem ter penachos e adereços em
linha de lã vermelha. Todo o conjunto é esculpidos em madeira e pintados de
negro. Pode ser apresentado ainda com os bonecos em um barco de madeira.
Rendas
A arte na
manipulação dos bilros, das agulhas, dos alfinetes, das almofadas e das linhas,
gerou o surgimento dos trabalhos em renda, os quais apresentam variedades de
estilos, de materiais, e de formas de execução. Em Pernambuco, se destacam as
rendas tipo renascença ou da terra, tecido com agulha a partir de um desenho
feito em papel e preso numa pequena almofada; a frivolité (de origem francesa);
o macramê; renda irlandesa (semelhante à renda renascença); a renda de bilro
que é formada pelo cruzamento e entrançado de fios montados em
bobinas e trabalhado sobre uma almofada
cilíndrica, na qual foi preso um cartão perfurado com o desenho a ser
obtido. As mulheres rendeiras, organizadas das mais diferentes
formas, estão espalhadas por vários municípios, com destaque especial para
Poção e Pesqueira, onde há uma grande produção de renda renascença.
Serigrafia
As serigrafias, com
padronagens diversas e abordando sempre os temas locais ou regionais, são
impressas em camisetas e, semanalmente, são encontrados em pontos de grande
afluência turística.
Tapeçaria
Os tapetes
artesanais de Pernambuco são produzidos por artesãos/tapeceiros, organizados em
associações e cooperativas existentes no Recife, Olinda, Camaragibe, Lagoa do
Carro. A característica dominante desses tapetes, hoje com renome
internacional, é a influência dos azulejos portugueses dos séculos XVII e XVIII
que revestem paredes de igrejas e casas daquela época. Também, outros estilos
são encontrados, onde predominam desenhos de frutas, flores, bambus, pássaros.
Tapetes
Tapetes dos mais
variados tipos, tamanhos, bordados na tela com lã.
Tapetes em coxim
Tipo de tapetes
inspirados nos coxins (mantas, usadas sobre selas para montaria).
A sua confecção é
feita com pequenos fios grossos de algodão, presos no teado por laçadas,
deixando suas extremidades livres, o que lhe confere uma textura macia. O
tecido utilizado é o algodão e o tamanho e o formato é variável.
Tradicionalmente, as peças são brancas.
Tarrafas
Redes de pescaria
feitas de nylon e chumbo.
Tecelagem
Utilizando teares
artesanais, diversas comunidades no Estado são organizadas em associações ou
cooperativas, e vivem da tecelagem de redes, colchas, mantas, tapetes,
passadeiras, ponteiras de peão e outras peças menores. Em Timbaúba, (Mocós),
Tacaratu (Caraibeiras), Camocim de São Félix e Ibimirim estão implantados
alguns dos mais significativos núcleos de tecelagem de Pernambuco.
Xilogravura
A xilogravura, arte
de gravação na madeira, foi trazida para o Brasil pelas missões religiosas
católicas com o objetivo de multiplicar textos de orações e imagens de santos
no processo de catequese. Essa técnica popularizou-se e passou
a ser utilizada para ilustrar folhetos de cordel com figuras de trabalhadores,
santos, bichos, anjos e demônios. Em preto e branco ou colorido, com
tamanhos variados, são impressos sobre tecidos ou papel e utilizados como
quadros e painéis em decoração de ambientes. Merece destaque os
trabalhos dos artistas gravadores J. Borges e Amaro Francisco, no município de
Bezerros.
Fonte: Empetur / Invtur – PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário