sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

 

ARTESANATO EM PERNAMBUCO

Artes Manuais



Artesanato em cana brava

Para a elaboração de peças utilitárias e/ou decorativas com lascas de cana brava, é utilizado o mesmo material e a mesma técnica para execução dos covos (cestos especiais de pescar lagosta). São móveis, cestos, luminárias, fruteiras, porta revistas, porta-retratos, porta plantas, entre outras peças.



Artesanato em cabaça

Peças decorativas e utilitárias confeccionadas com cabaças.



Artesanato em couro

O artesanato de couro se relaciona às áreas da pecuária, estando espalhado por todo o Estado, com presença marcante em vários municípios. O tratamento da matéria-prima, seu colorido e desenhos, no uso tradicional ou nas novas adequações, revelam o domínio técnico do artesão pernambucano nesse campo.








Artesanato em madeira

A produção de artesanato na madeira, seja para transformá-la em escultura, em talha ou em peças utilitárias artisticamente trabalhadas, encontra em Pernambuco uma forte representação. Talhas e esculturas multiplicam-se e marcam presença em mercados, galerias, feiras típicas e principais pontos turísticos do Estado. São chaveiros, talhas, objetos utilitários e muitas outras peças singulares que mostram a fecunda dimensão da força criativa de cada local.






Artesanato em palha de bananeira

Artesanato feito em palha de bananeira trançada, resultando em chapéus, bolsas, esteiras, cestas e variadas peças utilitárias e decorativas.


Artesanato em papel

O papel reciclado ou superposto com material adesivo, papel maché, que há muito tempo vem sendo aproveitado na elaboração de máscaras, bonecos gigantes, fantoches, etc., vem alcançando novas dimensões na produção de novos brinquedos, peças utilitárias e decorativas, a exemplo de móveis e outros objetos trançados em jornal; luminárias, bijuterias diversas e esculturas.




Artesanato em tecido

Os brinquedos populares são peças que sensibilizam pela simplicidade e autenticidade do artesão. São inúmeros os itens como o pião, o ioiô, a peteca, o bonequinho articulado conhecido como mané gostoso, as bruxinhas de pano feitas com retalhos de tecido de algodão e muitos outros que revelam a capacidade de expressão artístico-criativa. Ainda hoje, dão colorido especial aos bancos de feira, quando expostos à venda.

Artesanato indígena

São diversos tipos de artefatos decorativos e utilitários, produzidos pelos índios pernambucanos.  Merece destaque o belo trançado de palha de ouricuri.  Em diversas formas e tamanhos, a palha natural e/ou colorida é transformada com técnica e habilidade em tapetes, esteiras, bolsas, sacolas, chapéus, etc. A arte plumária também está presente, com a produção de objetos voltados, principalmente, para os rituais e personalização do corpo.  São confeccionados, ainda, diversos outros artefatos tais como: chocalhos, feitos com cabaça; colares, pulseiras e brincos feitos com sementes e dentes de animais; arcos, flechas, etc.






Bordado

Da mesma forma que a renda, o bordado está também presente com grande força no mapa do artesanato pernambucano.  Organizadas em pequenos grupos familiares, associações ou cooperativas, milhares de mulheres garantem a sobrevivência de suas famílias com a arte de bordar.  São roupas de cama e mesa, peças do vestuário, enxoval, com os mais diferentes tipos de bordados, onde cores e pontos de rara beleza, ostentam toda a sensibilidade e paciência de suas bordadeiras.






Bruxas de pano

As bruxas de pano são confeccionadas em tamanhos e tipos variados, com retalhos de tecidos e enchimento de algodão. Em alguns municípios, as bonecas são produzidas em pequenas miniaturas, sendo denominadas de "bonequinhas da sorte". São encontradas em mercados populares e feiras livres.





Carrancas

Originalmente as carrancas eram figuras de aparência aterrorizante, colocadas na proa das embarcações para afugentar os maus espíritos que habitavam o rio São Francisco, em seu curso do centro sul ao nordeste. Atualmente réplicas de menor porte e com a função decorativa, são produzidas nos municípios de Petrolina, destacando-se Ana das Carrancas com suas peças em barro e os trabalhos em madeira dos grupos de artesãos de Petrolina.






Cerâmica

Dentre os diversos tipos de artesanato existentes em Pernambuco, em todos os segmentos e em toda sua extensão, é a cerâmica que tem a maior representatividade como cultura popular do Estado. Há toda uma tradição oleira que se espalhou abrangendo os tipos utilitários e figurativos, marcados pela presença das culturas indígena, africana e ibérica.  Retrata costumes, rituais religiosos e lúdicos, fantasias e cenas do cotidiano, entre outras expressões do rico imaginário do homem nordestino. Destacam-se como principais centros de produção de cerâmica, os municípios de Caruaru, considerado pela UNESCO como "o maior centro de arte figurativa das Américas". É na pequena comunidade do Alto do Moura, onde estão concentrados os seguidores da escola do Mestre Vitalino, pioneiro nessa arte; Tracunhaém que, pela singularidade de sua produção, é um dos mais importantes centros de cerâmica lúdica e religiosa do País; Goiana também se destaca na produção de cerâmica figurativa, com os seguidores da escola de Zé do Carmo, precursor de uma arte santeira que marcou a mudança na concepção de imagens nordestinas, a exemplo de anjos cangaceiros ou santos tocando sanfona. Deve-se ressaltar, ainda, o Cabo de Santo Agostinho com reservas de excelente argila, fazendo surgir diversas olarias que produzem objetos variados. Em Jaboatão, Petrolina, Ipojuca, Recife são encontrados núcleos com produção de cerâmica figurativa ou utilitária. São objetos de formas e tamanhos variados: jarras, quartinhas, panelas, figuras humanas, de animais,  bijuterias, presépios, etc.







Cestarias e traçados

Também a arte da cestaria e trançados tem expressiva presença em Pernambuco, produzindo através da utilização de fibras naturais (sisal, coco, ouricuri), palhas de diversos tipos, vime, caniços e cipós os mais variados artigos e para os mais diferentes fins: os caçuás, grandes cestas que,  lado a lado no dorso dos animais,  transportam   produtos agrícolas;  covos de pescar lagosta,  feitos de lascas de cana brava;  cestos de pães,  de roupa;   cestas,  esteiras,  bolsas,  chapéus,  abanos,  sandálias, chinelas,  cordas,  descanso para pratos,   peneiras,   peças   decorativas,  etc. Outro tipo de trançado e cestaria, vem  sendo utilizado em Pernambuco, empregando como matéria-prima o papel (revista e/ou jornal) e a cola.







Colchas de retalho

Colchas de cama ou mantas, confeccionadas com pequenos recortes de tecidos, com formas geométricas, estampas e cores diferentes.





Escultura em concreto

Técnica que utiliza um processo chamado de molde pedido, pois o artesão não esculpe em cimento ou concreto. Utiliza um molde de gesso e argila que após limpo é preenchido com cimento. Depois de seco o gesso, a peça é quebrada e passa por acabamentos finais.

Escultura em pedra

Trabalhos artesanais onde várias técnicas são aplicadas para esculpir e dar formas em diversos tipos de pedras.




Escultura em pedra granito

A atividade de confecção de muralhas e palácios em rocha granítica, por ocasião da construção da Cidade-Teatro de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, criou uma linha de mestres e obreiros especializados em cantaria que passaram a produzir verdadeiras obras de arte, com peças esculturais, hoje espalhadas por todo o Estado. São figuras monumentais, medindo entre 3,5 e 6 metros de altura, esculpidos em grandes blocos de granito, em locais quase sempre de difícil acesso. São deslocadas para o seu local de destino por poderosos guindastes. Através da elaboração de cada peça, tais como Lampião e Maria Bonita, a Mulher Rendeira, o Tocador de Viola e de Pífanos entre dezenas de outras, é retratado o dia-a-dia e contada a história do homem nordestino. No entorno de Nova Jerusalém, foi criado, numa área de 60 hectares, o Parque das Esculturas Monumentais Nilo Coelho, onde estão localizadas 37 esculturas, agrupadas de acordo com sua origem e colocação dentro do conjunto cultural a que representam: personagens de caráter religioso, os mitos e heróis do cangaço, figuras urbanas, etc.





Escultura em pedra sabão

As esculturas em pedra sabão são produzidas em alguns municípios do Estado. Figurativas e/ou decorativas, as peças são produzidas em tamanhos diversos.

 

Escultura em seixos

Com seixos, pequenas pedras polidas, de forma geralmente arredondada ou oval, são elaboradas diversas peças figurativas e/ou decorativas.

 

Escultura em sucata

Objetos criados a partir de sucata e todo e qualquer material reciclável.

 

Esteira

Esteira dos mais variados tamanhos e formas, confeccionadas com piripiri - espécie de junco típico do Nordeste - cordão e barbantes. São geralmente usadas para dormir.

 

Fantasias e adereços de carnaval

Sendo o carnaval um dos eventos mais importantes da cultura popular pernambucana, muitos são os artesãos que se dedicam à produção de peças, fantasias e adereços relativos ao ciclo. Nesse contexto, estão inclusos: os estandartes que encabeçam os desfiles das agremiações e são verdadeiras obras de arte, trabalhadas com uma infinidade de materiais, a exemplo de veludos, fios de ouro, vidrilhos, lantejoulas e plumas; as máscaras, em papel machê; a indumentária dos maracatus rurais, bela e colorida em seu chapéu coberto de fitas de papel celofane e flores, bem como a gola ou manta, recoberta por bordados com vidrilhos, miçangas e lantejoulas; os bonecos gigantes; o traje e máscaras dos Cloves (de tradição francesa), figuras singulares e típicas do Carnaval de Olinda; os cocares e tangas dos caboclinhos, ricos em plumas e cores; além de uma infinidade de fantasias e artefatos, frutos de riqueza cultural e inesgotável criatividade do povo pernambucano.






Fuxico

Tipo de artesanato que consiste em umas trouxinhas de panos, feitas com sobras de tecidos que emendadas entre si tomam diversas formas. Dá fazer de tudo: roupas, bolsas, adereços, colchas, almofadas. O nome fuxico tem uma origem curiosa. Surgiu por causa das mulheres do interior do Nordeste, que se reuniam para costurar e aproveitavam para mexericar, fazer fuxicos.

 

Gaiola

Gaiolas feitas em madeira e arame nos mais diversos formatos e tamanhos.

 

Gola de caboclo de lança

As golas do Caboclo de lança, figura do Maracatu Rural, são peças de um rico colorido, bordadas à mão, com lantejoulas, vidrilhos, espelhos e fitas, nos mais diversos desenhos, dependendo da criatividade do artesão. Elas representam uma das peças mais importantes da fantasia do integrante dos blocos de Maracatu Rural que se apresentam no período carnavalesco, principalmente nos municípios da zona da mata canavieira do Estado.

 

Madeira – Remos, canoas e lanças

O artesanato em madeira feito pelos índios da Tribo Truká, em Orocó - PE, constitui-se na elaboração de canoas, típicas da região do Rio São Francisco, além de peças indígenas como lanças, anteriormente utilizadas para a caça e a pesca.

 

Objetos em bronze

Há uma variedade relativamente grande de artigos de metal manufaturado artesanalmente em Pernambuco, representados, principalmente, por objetos em flandre, bronze e ferro.  A funilaria se manifesta através de peças utilitárias, decorativas e brinquedos, elaborados com lâminas de flandre ou lixos de produções industriais. São as lamparinas, canecas, funis, bacias, ralos, brinquedos, instrumentos musicais, armas, entre outros. Os trabalhos em bronze são reproduzidos em escala bastante avançada, quase industrial, no município de Gravatá, onde se produz objetos, tais como: sinetas, chocalhos, cinzeiros, crucifixos, porta-retratos, etc. O processo de produção consiste em derreter a sucata mediante o uso de fogo a carvão e derramá-la em caixas de areia, nas quais foram previamente inseridos os moldes. Também se destacam as esculturas e outros objetos utilitários e decorativos produzidos com ferro ou sucata.

 

Objetos em fibra de sisal

Com a fibra de sisal ou agave são confeccionadas várias peças utilitárias, decorativas ou figurativas, a exemplo de cordas, espanadores, cestas, bonecos, bolsas, painéis, etc.

 





Objetos de metal

Há uma variedade relativamente grande de artigos de metal manufaturado artesanalmente em Pernambuco, representados principalmente por objetos em flandre, bronze e ferro.  A funilaria se manifesta através de peças utilitárias, decorativas e brinquedos, elaborados com lâminas de flandre ou lixos de produções industriais. São as lamparinas, canecas, funis, bacias, ralos, brinquedos, instrumentos musicais, armas, entre outros. Os trabalhos em bronze são reproduzidos em escala bastante avançada, quase industrial no município de Gravatá, onde se produz objetos tais como: sinetas, chocalhos, cinzeiros, crucifixos, porta-retratos, etc. O processo de produção consiste em derreter a sucata mediante o uso de fogo a carvão e derramá-la em caixas de areia, nas quais foram previamente inseridos os moldes. Também se destacam as esculturas e outros objetos utilitários e decorativos produzidos com ferro ou sucata.






Objetos em osso/ conchas/ mariscos/ sementes

É uma enorme variedade de artigos cuja produção, em essência, é dirigida ao mercado de souvenires nos locais de maior afluência turística. Geralmente, comunicam uma tipicidade local ou regional. São representados por peças decorativas e figurativas, elaboradas em osso, chifre, mariscos, sementes, a exemplos de jangadas em miniaturas, pentes, prendedores de cabelo, chaveiros, jarros, cinzeiros, quadros, colares, anéis, pulseiras, abajours, bonecos entre outros.



Peças em coco

Há uma grande variedade de objetos produzidos a partir de rústicos ou delicados trabalhos feitos com o coco, sua fibra e a capemba do coqueiro. São peças utilitárias, figurativas ou decorativas, a exemplo, de canecos, potes, jarros, peças do vestuário, cinzeiros, esculturas, luminárias, bijuterias, etc.



Pedras semipreciosas

Colares, brincos e pulseiras confeccionados em pedras semi-preciosas, como o cristal, ametista, ônix, topázio, etc.

 

Plástico/ tapetes e bolsas de tricô

Tricô feito com tiras de plástico colorido resultando em bonitas bolsas e criativos tapetes.



Pintura em tecido e crochê




Racho

De inspiração indígena, os rachos são painéis de madeira formados por retângulos vazados criando uma espécie de moldura para pequenos bonecos portando cachimbos e tendo aos pés um pássaro. Em alguns casos os bonecos podem ter penachos e adereços em linha de lã vermelha. Todo o conjunto é esculpidos em madeira e pintados de negro. Pode ser apresentado ainda com os bonecos em um barco de madeira.





Rendas

A arte na manipulação dos bilros, das agulhas, dos alfinetes, das almofadas e das linhas, gerou o surgimento dos trabalhos em renda, os quais apresentam variedades de estilos, de materiais, e de formas de execução. Em Pernambuco, se destacam as rendas tipo renascença ou da terra, tecido com agulha a partir de um desenho feito em papel e preso numa pequena almofada; a frivolité (de origem francesa); o macramê; renda irlandesa (semelhante à renda renascença); a renda de bilro que é formada pelo cruzamento e entrançado de fios montados em bobinas   e   trabalhado sobre uma almofada cilíndrica, na qual foi preso um cartão perfurado com o desenho a ser obtido.  As mulheres rendeiras, organizadas das mais diferentes formas, estão espalhadas por vários municípios, com destaque especial para Poção e Pesqueira, onde há uma grande produção de renda renascença.

 

Serigrafia

As serigrafias, com padronagens diversas e abordando sempre os temas locais ou regionais, são impressas em camisetas e, semanalmente, são encontrados em pontos de grande afluência turística.

 

Tapeçaria

Os tapetes artesanais de Pernambuco são produzidos por artesãos/tapeceiros, organizados em associações e cooperativas existentes no Recife, Olinda, Camaragibe, Lagoa do Carro. A característica dominante desses tapetes, hoje com renome internacional, é a influência dos azulejos portugueses dos séculos XVII e XVIII que revestem paredes de igrejas e casas daquela época. Também, outros estilos são encontrados, onde predominam desenhos de frutas, flores, bambus, pássaros.







Tapetes

Tapetes dos mais variados tipos, tamanhos, bordados na tela com lã.

 

Tapetes em coxim

Tipo de tapetes inspirados nos coxins (mantas, usadas sobre selas para montaria).

A sua confecção é feita com pequenos fios grossos de algodão, presos no teado por laçadas, deixando suas extremidades livres, o que lhe confere uma textura macia. O tecido utilizado é o algodão e o tamanho e o formato é variável. Tradicionalmente, as peças são brancas.



Tarrafas

Redes de pescaria feitas de nylon e chumbo.

Tecelagem

Utilizando teares artesanais, diversas comunidades no Estado são organizadas em associações ou cooperativas, e vivem da tecelagem de redes, colchas, mantas, tapetes, passadeiras, ponteiras de peão e outras peças menores. Em Timbaúba, (Mocós), Tacaratu (Caraibeiras), Camocim de São Félix e Ibimirim estão implantados alguns dos mais significativos núcleos de tecelagem de Pernambuco.





Xilogravura

A xilogravura, arte de gravação na madeira, foi trazida para o Brasil pelas missões religiosas católicas com o objetivo de multiplicar textos de orações e imagens de santos no processo de catequese.   Essa técnica popularizou-se e passou a ser utilizada para ilustrar folhetos de cordel com figuras de trabalhadores, santos, bichos, anjos e demônios.  Em preto e branco ou colorido, com tamanhos variados, são impressos sobre tecidos ou papel e utilizados como quadros e painéis em decoração de ambientes.  Merece destaque os trabalhos dos artistas gravadores J. Borges e Amaro Francisco, no município de Bezerros.




Fonte: Empetur / Invtur – PE 




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