Recordações
na Cidade de Paulista
Pernambuco
possui muitos pratos que formam a identidade da nossa gastronomia hoje.
No
ano 1973 no bairro de Salgadinho, no Recife, na rua Dr. Miguel Nunes Viana, nº
186, nascia um prato gastronômico que hoje faz parte do cardápio de todos
pernambucanos. Sem registro e nem fotos, Dona Ivanise Lôbo e seus filhos
conheciam bem esta história. Nos finais de semana ao ir para praia de Nossa
Senhora do Ó, na zona norte de Paulista, preparava um prato que fazia a
molecada feliz quando ia comer.
O
simples se tornou o patrimônio de nossa cultura com o corte da charque bem
pequeno em cubos, o cozimento do feijão fradinho ou macassar e o vinagrete
junto à farinha, criava-se então o arrumadinho de charque. Ter essa memória
durante todos estes anos, relembrei hoje quando voltei ao local para conhecer
Dona Creuza através do Blog Atrativo Pernambuco que fez esta ponte cultural. A
mente voltou para o ano 1973 e se passou uma história na minha cabeça neste dia
de hoje.
O
passado com essa identidade gastronômica mostra momentos felizes ao lado de
minha genitora. O dia foi de lembranças mais não deixei passar o valor
histórico de Dona Creuza e seu pirão, caldinhos de frutos do mar, peixe, entre
outros.
Lembrar
do arrumadinho de charque de Dona Ivanise que era feito no Bar do Zezinho, é preservar
essa identidade e fortalecer a nossa gastronomia, dentro do movimento caiçara
nas rodas de ciranda e corrida de jangadinha.
Quanta
coisa boa para lembrar e com a simplicidade de Dona Creuza em seu lar, que
recebeu o chef Marcos Lôbo e pode viver isso hoje com ela, uma das
personalidades mais conhecidas na cidade. Na ocasião em sua casa, tive a
oportunidade de conhecer seu filho Janílson.
Provei
o famoso pirão, caldinho de marisco, caldinho de sururu que são muito apreciados
pelos clientes no aconchegante bar atendido pela simpática Jeane, filha de tia
Creuza, prestigiando a nossa presença.
Partir nessa tarde do dia 11 de novembro de 2020, com dever cumprido na minha missão de reviver o passado como meu presente. Quando criança presenciei como era bom tudo aquilo que vivi para minha vida profissional, valendo o esforço de ser um pesquisador que corre atrás de sua identidade cultural para que todos possam ver e apreciar uma boa gastronomia pernambucana.
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