Entrevista concedida em 18/06/2019 ao Blog Atrativo Pernambuco, com Thinho Nascimento, cantor
e compositor de forró estilizado romântico:
Você é natural de Olinda, uma cidade
com expressivo potencial artístico e cultural. Quando foi que iniciou seu
interesse pela música?
Quando a
gente fala de forró, a gente fala de Luiz Gonzaga, então eu tenho quase certeza
que esse poder artístico de uma cidade multicultural, Olinda ajudou
muito.
Sou de um tempo que dançava quadrilha quando era criança e ouvia muito
Jorge de Altinho e dançava muito forró. Meu interesse pela música é desde
criança, acho que já veio do sangue, apesar de só ter meu avô, como músico não
profissional que tocava bandolins, assim dizia minha avó. Eu nunca imaginei ser
músico e aconteceu de montar uma banda e tocar, gostava de violão, e na festa
os dois cantores com vergonha e com medo das vaias do pessoal e meu amigo
Paulinho que deus o tenha disse: “Tinho! Canta, canta canta” e depois veio os
aplausos das pessoas e virei cantor.
Por mim, eu
curto muito as bandas Limão com Mel, Calcinha Preta, Magníficos. Mas o forró em
si, como te falei, é Luiz Gonzaga. Não só pelo forró pé-de-serra que eu gosto
muito, tem essa tese minha que o forró pé-de-serra, com tanta gente boa aqui
em Pernambuco, infelizmente só aparece na época de São João, depois some, igual
ao carnaval, infelizmente é tanta coisa boa que temos no carnaval que quando
termina, todo mundo desaparece, os cantores de frevo e ninguém tem mais nada
dentro do nosso estado e me deixa triste por isso.
Mas, eu creio que o forró
que levou foi uma banda que eu cantei aqui que era os Arretados do Forró, muito
conhecida nos meados dos anos 90, 94 e 95, foi meu começo de tudo, bem dizer,
como profissional.
Desde o tempo
dos Arretados do Forró, que foi uma febre aqui em Recife e principalmente em
Olinda, no Clube Atlântico de Olinda, Sexta Caliente, Segunda sem Lei, Pontal
da Barra em Barra de Jangada, Bar do Avião em Maria Farinha, Paulista. E desde
esse tempo pra cá que eu não sei fazer outra coisa a não ser forró
Como você define o forró estilizado romântico e a
aceitação do público?
O forró é bem
aceito. Hoje já mudou muita coisa, esse forró com as letras não tão românticas como
era antes, por isso eu prefiro o forró de antigamente. Eu canto e componho
forró romântico, como “Forró das antigas” como hoje é chamado. Uma das melhoras
coisas que temos depois do forró pé-de-serra é o forró estilizado e graças a
deus é bem aceito também em muitos lugares. Várias cidades onde estou divulgando
o meu trabalho é bem aceito, tanto as músicas como as composições românticas
que eu faço.
Como compositor, quais as canções
preferidas por você e pelo público?
Minha música
hoje e que define Tinho Nascimento, você sabe que no CD quando a gente faz uma
música é como se fosse um filho, então tenho várias, mas a música mais
conhecida minha e que fez sucesso foi: Fala pra mim, na voz da Joelma Calypso,
mas que quando a gente tinha essa banda, Xamego Arretado, era um forró
estilizado e virou um brega, esse brega calypso. Mas hoje no meu CD tenho
várias composições, de dez músicas, nove são de composições minhas, três com parcerias,
mas a música hoje que define Tinho Nascimento, lançamento agora 2019 é: Será que
é amor. É também uma composição minha e que graças a deus tá rodando aí no
Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Bahia e
Tocantins, que tive o prazer de mandar alguns CDs pra lá, e estão querendo me
contratar agora para setembro, quase final de ano, pra fazer a agropecuária,
uma festa muito conhecida lá no Tocantins. Infelizmente, eu sou mais conhecido
e valorizado lá fora do que aqui dentro. As vezes a gente fica triste com o
nosso estado por que não valoriza o que tem de bom, assim eu digo, não só as
pessoas, mas as mídias, as rádios, que não te tocam “porque você não é
conhecido’’, “não tem nome”, enquanto outros vem de lá de fora com o sertanejo
e pagode que não é nosso, e são bem valorizados por quê? Porque a mídia lá fora
levanta muito esse pessoal. Então as vezes a gente fica triste por compor e ser
cantor e não ser valorizado em nossa terra como somos valorizados lá fora. Amo minha terra, amo Olinda, mas infelizmente as rádios e as mídias em si, não
valoriza o artista da casa. Minhas músicas falam de amor, toda hora é amor,
amor. Quem houve minhas músicas sempre diz: “Cara! Você é um apaixonado! Só tem
composição de arrebentar o coração’’ “de juntar casais” “de chorar” por que
falo muito de amor, pois o amor entre casais é pra mim a coisa mais importante,
independente que você esteja junto ou separado, sempre uma letra minha vai
lembrar com quem você está ou estava.
Você já se apresentou em vários lugares
do país, todos importantes e especiais, mais quais eventos você destacaria em
sua carreira?
Caramba! O
evento? É difícil, difícil por que eu abri show, isso com a banda Arretados do
Forró, mas eu era o cantor oficial, abri show do Fábio Júnior, um show que não
esqueci. Teve um outro muito bom que foi com a banda É O Tchan e também com a Timbalada no Clube Português, e outro que achei muito bom foi no Olimpus, hoje
Shopping Olimpus, um show maravilhoso que o público delirou com os nossos
sucessos, que era chamado de Beijo de Loucura, que era do Louro, e Sonho de
Amor que era do Lívio Santos, que deus o tenha. Mais o show pra mim mais
importante foi na exposição de animais, abrimos o show de Zezé de Camargo e
Luciano, e o Zezé veio de lá do palco pra falar com a gente e prestigiar a
banda, pra mim foi inesquecível.
Você tem uma admiração pelas paisagens
das regiões que visita, elas ajudam na inspiração do Tinho compositor? Do que
“fala” as suas canções?
Sim Sim! Eu
só vidrado na natureza. Mas quando a gente olha para um céu lindo ou para um
lugar de floresta, é o amor de deus que colocou tudo ali e eu acho que o homem
não consegue fazer aquilo, só deus. Então a natureza me ajuda muito, apesar que
quando você olha para a natureza e você olha para uma lua, tem uma música que
eu fiz, eu estava saindo da Paraíba, e vai ser lançado no meu CD novo, o nome
da música é lua. Quando eu vi a lua cheia em Souza, na Paraíba, aquela lua na
hora veio a inspiração e fiz a música, que em breve estará gravada e mostrar
para o público onde muita gente gosta dela, quando toco aqui voz e violão para
alguns amigos e acho uma música boa de se ouvir. Do Tinho compositor, é muito
romantismo, amor, amor e amor sempre! Minhas músicas falam muito isso.
Em relação ao futuro? Tem novos
projetos?
Pois é,
projeto futuro está vindo aí com CD novo. Já tem umas propostas pra fora como: Pará,
Tocantins, no Rio Grande Norte em Jucurutu, uma cidade que entramos em contato
com várias pessoas pra levar o Tinho Nascimento pra lá. E o futuro a deus
pertence né? Mas a gente sempre tenta fazer o melhor, por que o futuro é aquela
coisa que ninguém sabe, ninguém viu, mas tudo o que a gente faz tem que pensar
no amanhã. Se deus quiser o futuro vem muita coisa melhor do que o CD que eu
fiz, carreira solo Tinho Nascimento
Como
podemos contatar e acompanhar seus trabalhos?
Para contatar meu trabalho é (081) 98942 3489 (whatsapp)
/ (081) 99632 2474 / (081) 98643 6281.
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