terça-feira, 14 de junho de 2016

Observadores de Aves de Pernambuco - OAP comemora 30 anos

Fico muito feliz e com o espírito renovado ao ver uma imagem da OAP com novos e dedicados integrantes. E já se passaram 30 anos e a impressão que tenho é que foi ontem o dia em que conheci Badu, e que me foi apresentado pelo pesquisador, taxidermista e fundador do Museu de Ciências Naturais, Petrônio Cavalcanti. No início, formamos com o nosso amigo comum, o estudante de biologia Maurício Queiroz, o CEB – Centro de Estudos Biológicos, que basicamente era um projeto de museu itinerante em escolas públicas e privadas. Sempre brincamos em afirmar que o CEB foi a mãe da OAP. Um ano depois, o projeto foi encerrado e Badu e eu podemos nos dedicar exclusivamente a observação de aves, que apesar de ser feita amadoristicamente, adotava técnicas científicas. Certa vez, Badu falava que seria muito bom se a gente formasse um grupo, eu também tinha esse desejo, mas, o interesse das pessoas eram muito escassos, principalmente nas universidades. Sabíamos da existência de fortes clubes internacionais e com um volume de associados impressionante. Eu disse a Badu que o grupo já existia, era ele e eu (risos) e que se novas pessoas se interessassem seriam bem-vindas. Meu amigo demonstrou alegria e alívio, e disse que só faltava um nome, foi então que numa tarde de abril de 1986 no Horto de Dois Irmãos, que sugerir o nome OAP – Observadores de Aves de Pernambuco, tornando-se posteriormente com identidade jurídica: Associação dos Observadores de Aves de Pernambuco.
Não dar pra descrever em palavras as emoções, aventuras e descobertas que vivenciamos naqueles primeiros anos. Algo inédito, desconhecido e curiosamente apaixonante estava acontecendo em Pernambuco, os jornais noticiavam, éramos convidados para entrevistas, eventos e reuniões, havia uma grande simpatia pelo o que a OAP desenvolvia. Pouco meses depois da ideia do grupo se tornar realidade, foram surgindo novos amigos simpatizantes da causa e com as mesmas necessidades nossas, e que foram decisivos em dar credibilidade científica aos trabalhos como: Jozélia Correa, Gilmar Farias, Wallace Telino Jr. ,Rachael Lira, Sidney Dantas e muitos outros que nos honraram com a sua chega como Weber Girão, Maurício Periquito, Narciso Lins, Afonso Amorim e Glauco Pereira. Certamente, muitos nomes aqui não foram citados, inclusive os mais recentes, não obstante, cada pessoa em sua linha de tempo e oportunidade, colaborou e ainda colabora para que a OAP não mais seja apenas um grupo de pessoas felizes que observa aves na natureza e sim, um sonho que deu certo, com a força de uma tradição que caracteriza os grandes clubes que um dia, Badu e eu sonhamos. Parabéns OAP! Um abraço fraterno a todos os amigos e amigas dos três tempos e boas avistagens! Que esse grupo mantenha a lucidez em preservar os objetivos básicos pelo qual foi criado que foi observar e colaborar na proteção das aves silvestres e que possa manter  a memória, tradição e experiência dos antigos, aliado as motivações positivas, transformações, expansões e adaptações inspiradas pelas novas gerações e integrantes.















O primeiro site da OAP foi desenvolvido pelo web designer Narciso Lins.




A logomarca da OAP foi desenvolvida pelo publicitário Otávio Pacheco no início dos anos 
2000.



Fundador do Museu de Ciências Naturais de Pernambuco, Petrônio Machado Cavalcanti, foi professor, amigo e mestre de Gustavo Pacheco. Foi ele quem conduziu e inspirou o jovem aprendiz o amor pela ornitologia. Petrônio também era amigo de Badu, Maurício Queiroz e do Professor Arthur Galileu. Foi nessa atmosfera que a OAP foi germinando.